sexta-feira, 26 de junho de 2009

Oiiii!

Crianças, olhem essa russa dançando, que fofa. E que quadril soltinho!
Vejam aqui.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Instrumentos Musicais

Grupo Folclórico

INSTRUMENTOS MUSICAIS ÁRABES

"A palavra "Música" vem do grego "Mousiki" que significa a ‘ciência de compor melodias’.

Qilm al-musiqa era o nome dado pelos Árabes para a teoria Grega da música para distingui-la de Qilm al-ghinaa que era a teoria prática Árabe.

A formação de uma orquestra árabe é a mesma desde 1940. Isto se deve ao fato de que, naquela época, houve uma cantora muito famosa e especial, chamada Om Kalthoum, cuja orquestra tomou-se como referência.

Segundo o músico Mário Kirlis, na música oriental há uma predominância do melódico enquanto que, na música ocidental, predomina o harmônico. A música árabe desenvolveu-se com forte influência religiosa, quando a música não tem conotações religiosas, tem ao menos um sentido mais profundo e místico. Também é importante saber que para os árabes a música é muito importante.

Instrumentos típicos

1) Instrumentos de sopro:

a) Mizmar: Aquela cornetinha "estridente" que ouvimos muitas vezes no Said é tão típica e representa muito da riqueza cultural da região de Said.

"Instrumento de sopro semelhante a uma corneta, também chamado de Zâmr, o mizmar é uma espécie de oboé. Os seus repetidos trinados no timbre agudo, em incontrolável velocidade, imita o Zaghareet, o grito dos berberes. É um instrumento de sopro de alto diapasão, muito utilizado em danças folclóricas."

b) Nay:

"A flauta é o mais antigo dos instrumentos musicais e o ser humano, quando a idealizou, pensou nos materiais diretamente do mundo que o rodeava. Este instrumento data de um período bastante remoto. O nay tem associações filosóficas e místicas, nas quais ele é associado ao corpo humano: ambos precisam do sopro da vida para se tornarem ativos. De acordo com estas crenças, o som do nay pretende expressar a ânsia do homem em unir-se a Deus. A bailarina aproveita para demonstrar o domínio de seu corpo nos ritmos lentos."

2 - Instrumentos de corda:

a) Alaúde:

Sua leitura na dança pode ser feita utilizando-se de tremidos e shimmies. O toque lembra o kanoun só que a diferença é que o som das cordas do kanoun é mais agudo, lembrando uma harpa.

"Também é chamado de "oud" que, em árabe, quer dizer madeira. É tão popular no mundo árabe que, é difícil uma família que não tenha alguém que toque alaúde."

b) Kamanja , Violín e violoncelo:

Instrumento europeu que foi adotado pela música árabe no século XIX. No século XX ele já havia tomado o lugar da antiga rabeca de ponta de ferro, passando inclusive a usar o seu nome: kamanja ou kaman. Quando os múltiplos violinos foram introduzidos nas orquestras árabes, na primeira metade do século XX, o violoncelo também passou a ser utilizado. Na segunda metade do século XX tornou-se comum nas grandes orquestras a utilização de pelo menos três deles.

c) Kanun ou Al-qanoon:

É um instrumento trapezoidal, que é tocado com o auxílio de um plectro e utilizando os dedos de ambas as mãos. O número total de cordas pode variar entre 64 e 82.
Se executa ponteios, com as pontas dos dedos envoltas por anéis metálicos, um em cada mão. Ambas as mãos podem tocar a mesma corda fazendo um som “tremeluzente”. Descende de uma antiga harpa egípcia e seu nome, ao pé da letra significa "a lei". É posicionada no colo do músico, ou em cima de uma mesa especial, colocada em frente ao músico, que a tocará sentado.

d) Bouzouk:

Consiste em um alaúde pequeno no corpo e longo no braço. Do bouzouk se extraem sons mais agudos. Este instrumento é utilizado na Grécia, mas também pode ser encontrado em países árabes.

3 - Instrumentos de Percussão:

Toques: os toques mais importantes são dum o tac, sendo que o nome dos toques vem do som que produzem e são aplicados a todos os instrumentos de percussão.

a) Derbake ou darbukka: com certeza é o instrumento de percussão mais importante. Quando outros instrumentos marcam o ritmo, o derbakista tem liberdade para criar e improvisar. O instrumento pode ser de madeira , de cerâmica ou, como os mais modernos, de fibra de vidro e de metal.

b) Dohola: ou "tabla grave" é semelhante ao derbake, porém maior e mais largo. Seu som é mais grave que o som do derbake e serve como base rítmica para solos de percussão. O doholla segura o ritmo enquanto o derbake "brinca" floreando em cima da base.

c) Duff ou Raqq: é uma espécie de pandeiro. Apresenta um aspecto exatamente igual ao pandeiro, porém de tamanho menor. Também possui pratinelas ao seu redor.Como requer um som mais suave, a pele que se utiliza neste caso é a de peixe. A parte exterior do aro de madeira, é ricamente decorada com madrepérola e mosaicos. Pode ser usado para liderar a percussão ou para seu pano de fundo, como o músico preferir.

d) Tabel: significa "tambor grande". É um instrumento recoberto com pele em ambos os lados. Toca-se pendurado ao corpo e com uma baqueta por trás, mais fina e outra maior, marcando o som grave à frente. Usado em danças folclóricas e muitas vezes em algumas aldeias, chega a substituir a própria tabla. É um som contagiante.

e) Snujs: Sagat ou snujs são címbalos de metal, em formato de pequenos pratos. Acreditava-se que estes instrumentos eram capazes de afugentar os maus espíritos. Quando em maior tamanho, os snujs ou sagat são chamados de Tourah. Na Turquia é chamado de Zills. Requer certa prática, habilidade e musicalidade por parte de quem o toca. Dá ritmo e seus floreados dão vida à dança e à música. Podem ser tocados por uma bailarina durante a dança, ou mesmo por quem assiste.

4) Instrumentos Eletrônicos e Instrumentos Modernos:

a) Sintetizador: é muito comum, na atualidade, encontrar teclados sintetizadores dentro da música árabe. Estes teclados produzidos por grandes marcas, especialmente para o mundo árabe. Possuem “samplers” (gravações de sons reais) de instrumentos originais árabes, assim como ritmos tradicionais já configurados.

b) Guitarra elétrica: comum em orquestras modernas.

c) Acordeom: Desde 1940, aproximadamente, se introduziu o acordeom nas orquestras árabes.

d) Assim como o acordeom, recentemente o sax vem sendo amplamente utilizado na música árabe, muitas vezes junto com orquestras.


A VOZ
Salguta: é o nome do grito que as bailarinas fazem no meio de uma dança. Originalmente é um grito de guerra. As mulheres recebiam ou despediam-se dos homens em ocasião de guerra. Também é comum escutar durante a zaffa (casamentos) e outras comemorações.
Mahual: é um improviso do cantor “conversando” com a orquestra. O cantor pode mudar de maçam independente da orquestra acompanhá-lo ou não.

Taksim: improvisação, pode ser realizado com qualquer instrumento musical. É comum um takasin como preámbulo de um mawal. Pode ser ou não executado sobre uma base rítmica. Um solo de derbake não é taksim, é simplesmente um solo"

Fonte: http://www.clubemontelibanosjp.com.br/site/musica_arabe.htm

Hossam Ramzi

Oi meninas!
Hossam Ramzi é um músico egípcio maravilhoso, veio pro Brasil e se esncantou com uma bailarina chamada Serena, estão casados há anos. Em 2005, ele fez a abertura do show de João Bosco, no Sesc Vila mariana.
Achei esse artigo que ele escreveu, é de grande valia pra nós, para que possamos aprimorar nossa dança.

"Caras Dançarinas:

Lá vai minha boca grande novamente. Acho que deveria agradecer a toda vocês por lerem tudo o que escrevi antes e por lerem este artigo também, pois estou sentindo que isto pode ser entendido em mais formas do que eu previ. Mas por favor, pensem que sou um cara bonzinho apesar de tudo. Eu posso ser... Prometo...

"FOI LÁ, FEZ TUDO, LEU O LIVRO, VIU O FILME E COMPROU A CAMISETA?"

Eu visitei quase todos os continentes do mundo, passei por todos os continentes durante os últimos anos. Quase todos os estados dos EUA, todos os países da Europa, todos os países da América do Sul, quase toda a Austrália e, claro, diversos países árabes e africanos. Fiquei fascinado pelo interesse e amor que as pessoas têm por nossa dança, cultura e música e pelo crescente número de dançarinas que vieram me recepcionar onde quer que eu fosse e foram muito hospitaleiras e cuidadosas, e me deram nada menos que milhares de novas irmãs por todo o mundo, as quais eu amo carinhosamente, respeito profundamente e dedico minha vida artística para fazer músicas para elas.

Também estou encantado pelo nível de envolvimento que estas adoráveis moças e suas famílias têm com a dança e cultura do Egito/Oriente Médio. Algumas delas têm dedicado completamente suas vidas à dança.

Espero e oro para que um dia o povo egípcio olhe para nossa magnífica forma de Arte com o mesmo respeito ou a mesma reverência, e na verdade, poucos de nós nativos do oriente médio dedicamos algum tempo para isso exceto em casamentos, festas de aniversário ou algum evento patrocinado pelo governo como nossa trupe nacional, que tem que fazer as coisas com um estilo artístico impessoal e conciliador, de modo a impressionar nossos líderes de estado e apresentar-se em dias de celebrações nacionais.

Portanto sinto urgência, do fundo do meu coração, em ajudar e informar todas aquelas pessoas preocupadas que encontrei nos caminhos de minhas viajens, workshops, e que me mandaram vídeos de suas danças ou de festas que fizeram para celebrar minha visita à cidade. Sinto que quero aconselhá-las corretamente sobre minha cultura e sobre a forma com que ela deve ser usada, e uma maneira fácil de fazer isso corretamente.

Mas antes de tudo, há uma coisa que eu quero PERGUNTAR a uma grande porcentagem das dançarinas que encontrei em minhas viagens:

QUANDO VOCÊ VAI COMEÇAR A DANÇAR COM A MÚSICA, POOOOOOOR FAVOR?

Muito poucas dançarinas que conheci estavam interessadas no “Último **NOVO** Passo do Cairo?”, ou no “Último ** NOVO** Tipo de Roupa”, ou em alguma outra dessas coisas que são apenas algo extra-extra para a dança.

Mesmo assim, eu realmente vi uma parcela mínima de pessoas interessadas em algo que é fundamental à dança. Tenho visto diversas dançarinas fazendo todo tipo de coisas estranhas usando roupas engraçadas e algumas em vestidos super caros que foram feitos por este ou aquele famoso costureiro do Cairo, e algumas ainda haviam ido ao Egito e fizeram suas roupas sob medida.

Mas eu MUITO RARAMENTE vi estas garotas “DANÇANDO COM A MÚSICA”.

Então claro que você deve querer me perguntar que diabos elas estavam fazendo ali.
Eu diria: não tenho a menor idéia.

Em minha opinião, dançar é como fazer a percussão, como tocar a flauta Nay, ou como tocar piano, ou tocar o Oud, Quanoon ou qualquer outro instrumento. O instrumento de quem dança é o corpo. A dançarina é um membro musical da Orquestra.

Em qualquer estilo e esfera musical, é sabido que o melhor tipo de músico é aquele que OUVE OS OUTROS MÚSICOS enquanto toca sua parte, encaixando-se perfeitamente no que está sendo tocado. Ele toca alegremente a mesma música que os outros e acentua quando deve, cresce com eles, e pára quando eles param.

Como tocador de Tabla, quando faço a percussão de uma música eu presto muita atenção a todas as frases musicais que estão sendo tocadas. Como membro de um grupo, devo conhecer definitivamente que ritmo é aquele e devo saber quando o ritmo muda, diminui, acelera, pára, acentua ou se modifica de qualquer jeito. Eu devo ouvir cada músico que toca comigo e ter certeza que estou tocando de acordo com o que ele ou ela está tocando, seja um solo ou parte de uma orquestra. Quando a orquestra inteira está fazendo rodeios sobre uma parte específica, tenho que colaborar e crescer com eles, e expressar esta parte, porém quando a música é tocada por apenas um solista, eu tenho que tocar bem baixinho, apenas o suficiente para fazer o acompanhamento, mantendo a contagem da música e o ritmo definido; eu também posso gentilmente decorar os pequenos acentos que ele estiver fazendo aqui e ali apenas para manter a coisa toda em um nível estético e artístico, e manter a comunicação fluente entre nós dois. Esta mesma atitude aplica-se a todos os instrumentos que apresentam-se na mesma parte da música. Ou a coisa toda descamba para uma bagunça sem precedentes.

Em meu contato com diversas grandes artistas do mundo que têm a dança como parte relevante de suas carreiras ou que estão relacionados à nossa amada dança, como a dançarina indiana de Kathak Nahid Siddiki do Paquistão ou a espanhola Maria Belén Fernandez de Madri, TODAS elas me explicaram quanto tempo gastam aprendendo sobre ritmos, contagem e cantando os sons dos ritmos, e aprendendo os significados dos movimentos do corpo e o que este movimento de cabeça significa, e o que o olhar indica, e quanto elas amam isso tudo e como é significativo aos olhos de quem observa e como elas nunca poderiam pisar em um palco sem este conhecimento, e se por milagre conseguissem, elas não seriam aceitas pelo público, uma vez que este público sabe o que quer.

“Por que algumas pessoas pensam que na dança egípcia e do Oriente Médio deveria ser diferente?”
Sim, eu sei... Se você mostrar sua perna o suficiente, muita gente ficará interessada no oriente médio, mas AQUI eu estou falando sobre ARTE, CULTURA e ESTÉTICA.

Tenho visto diversas dançarinas se apresentarem com as mais inusitadas coreografias para a música e dizerem, e eu cito aqui “Esta coreografia foi especialmente desenhada para mim por (#~@%$£
&^%@#~#x ) {O nome de algum professor famoso}".

Sinto muito por isso do fundo de meu coração, porque quero que VOCÊ compreenda a dança e DANCE REALMENTE bem.

Então se você quer saber como fazer isso e como organizar sua dança de acordo com a música, é assim que se faz. Este é um presente gratuito, e espero que você faça bom uso dele.

Eis o que eu penso:

Se você escolheu uma ou outra parte da música.

Agora, tente descobrir algo mais sobre ela. O que ela está dizendo (musicalmente e liricamente se possível), e quais seriam os gestos adequados à esta composição... é uma música alegre? É uma música triste? Ou seria uma música brava? Uma música melancólica? Que tipo de música é esta, é clássica, é folclórica, é um Baladi, é um Baladi improvisado, é um Saidi, e isso só para mencionar o campo de músicas egípcias...

Então descubra que ritmo é aquele. Quantas barras de cada ritmo a música tem.

Abasteça-se com um vocabulário básico de movimentos que podem se encaixar em cada um destes ritmos (dois ou três passos que possam ser encaixados em cada ritmo), e você deve fazer um ótimo trabalho. Uma de minhas dançarinas favoritas do Egito é Fifi Abdo. Garanto a você que ela faz apenas três ou quatro passos em todo seu repertório. Mas ela executa-os no lugar certo e no momento certo, com um adorável sorriso.

A música árabe é geralmente dividida em partes simples:

1. O Ritmo

E vamos encarar os fatos, a maioria das músicas egípcias para dança é feita em Maqsoum, Masmoudi, Fallahy, Saaidi ou Karatchy. Se for um pouco mais sofisticada, será usado o Samaai (10/8). (Todos estes ritmos estão disponíveis em meu CD RHYTHMS OF THE NILE EUCD 1427, onde eu explico os ritmos, como tocá-los e como eles devem soar).

Outra coisa boa é esta: com um ritmo você pode ter um milhão de músicas diferentes compostas, mas qualquer música pode ser feita com um ou dois ritmos para conseguir expressar a sensação desejada corretamente.

2. A Melodia principal

Esta é tocada pela orquestra completa ou por músicos individuais (solistas).

3. Os Arranjos da Orquestra

É a banda inteira tocando em uníssono entre o fraseado principal. Ou entre os versos do refrão. É o que chamamdos de “LAZMAH”, e pode estar entre as frases, entre os versos ou refrões, ou simplesmente entre pequenos solos que compôem o corpo da melodia principal e ficam entre os versos ou refrões.

TODA a música árabe é tocada em um formato de “Pergunta e Resposta”.

Isto significa que ou o solista faz a pergunta e a orquestra responde, ou o contrário, ou ainda dois instrumentos diferentes podem perguntar e responder um para o outro.

4. A Harmonia

Esta é outra parte musical que acompanha a música. Normalmente, em terças ou quintas de tonalidade, correndo com, sobre, ou sob, ou contra a melodia principal, mas não é a melodia principal.

Sei a cara exata que você está fazendo para mim agora, mas seja paciente, querida... Minha intenção é fazer com que você desfrute de sua dança... e não complicar as coisas para você.

DANÇANDO COM A MÚSICA E O RITMO

Agora, se você está dançando uma música, deve ao menos prestar um pouco de atenção a ela, e aprender um pouco a seu respeito.

Quero dizer, eu já ouvi tantas vezes dançarinas, por todo o mundo, dizendo que: “Os músicos não prestam atenção algima em mim quando eu estou dançando.”

Bem, querida, minha resposta é: Eles prestariam se você estivesse fazendo alguma coisa remotamente similar à música que eles estão tocando PARA VOCÊ. A maioria dos músicos árabes que vivem nos Estados Unidos, na Europa ou mesmo no Egito é de artistas altamente frustrados. Eles estão desesperados por unir criatividades. Eles adorariam tocar para uma dançarina que conseguisse TRADUZIR FISICAMENTE os sons que eles criam para seus movimentos. É como ver sua própria música tomando vida em 3D. Acho que este é o propósito da dança. É criar o efeito de 3D e fazer o som tornar-se visível. E vice-versa.

Eu sei... estou ficando muito impopular conforme continuo a falar, mas não iludirei você com histórias esotéricas e não prometerei a dança dos sete véus ou os sonhos do palácio do sultão apenas para ser popular, eu quero ver e formar DANÇARINAS CAPACITADAS, que conheçam seu assunto tão bem quanto qualquer top dançarina de flamenco ou dança indiana.

Basicamente como um músico acostumado a casas noturnas e concertos, que já trabalhou por mais anos que gostaria de admitir com as grandes e as não tão grandes, eu tive que aprender da forma mais difícil, e sei do que estou falando agora. E espero passar adiante qualquer conhecimento útil que eu possa ter para você, de modo que você e todas as outras possam beneficiar-se dele.

Agora, como eu dizia anteriormente, a música está dividida em seções, portanto... organize sua dança de acordo com estas seções. Há algumas regras simples que fiz para a dança:

* "NÃO FAÇA MAIS DO QUE A MÚSICA QUE VEM ATÉ VOCÊ ESTÁ PEDINDO. E COM CERTEZA, NÃO FAÇA MENOS".
* "A ARTE DA DANÇA ORIENTAL É OUVIR VISUALMENTE A MÚSICA"

Agora, se você está ouvindo a música cuidadosamente, verifique a introdução, então as passagens orquestradas, e quando tiver um som grandioso vindo de uma grande orquestra, digamos 10 a 20 músicos, por favor não fique parada em um ponto, em uma posição acanhada, fazendo movimentos pequenos e minimalistas. CRESÇA, explore seu palco, cumprimente a audiência, corra se necessário.

Então, como estou certo que acontecerá em uma música egípcia para dança, um solista tocará uma frase,... bem, de acordo com o tipo de instrumento que ele estiver tocando, faça seu movimento combinar com o som deste instrumento.
REGRAS PARA DANÇAR UM SOLO DE UM ÚNICO INSTRUMENTO

Nay:
Use sempre moviemntos fluidos de braços, desenhos de 8, e também cuide da famosa expressão espiritual da face. Mantenha em mente se está ou não tocado fluidamente ou ritmicamente, ou sem ritmo, e os acentos musicais do solo, bem como qualquer pergunta e resposta entre a Nay e a orquestra.

Quanoon:
Shimmy, shimmy, shimmy, mas sempre preste muita atenção ao ritmo e aos acentos musicais do solo, bem como o diálogo com a orquestra.

Aud (Alaúde):
Igual ao Quanoon.

Violino:
É aí que deve-se prestar atenção. O violino pode tocar longas notas desenhadas ou rápidos sons semelhantes a tremidos. Quando o violino faz o “Legato”, longas notas desenhadas e fluidas sem paradas entre elas, você deve serguir o que ele está fazendo com seus movimentos. Desenhos de 8, com braços e fluidez. Se ele fizer sons tremidos (partes rítmicas velozes), você sabe o que deve ser feito.

Acordeon:
Igual ao Violino, porém mais “de raiz” e Baladi.

A regra básica é simples E = E
O solista faz um som deste comprimento /// e você se move neste comprimento ///. Ele faz um som assim //////, e você se move assim //////. Se ele vai ~~~~~~~~, você segue com ~~~~~~~~. Ele faz XXXXXXXXXX. Você faz XXXXXXXXXX

O mesmo se aplica aos sons orquestrados, mas com movimentos mais amplos, e com maior uso do espaço. Se no meio do solo a música apresentar uma pergunta e reposta entre solista e orquestra, responda a orquestra com movimentos maiores, seja um deslocamento ou troca de lugar, de acordo com o som da orquestra, então volte para o que você estava fazendo com o solista.

Então, quando a orquestra toca um grande LAZMAH, você executa movimentos maiores e faz a coreografia de acordo, com atenção especial às paradas, trocas de ritmos e velocidade da parte musical.

Tudo isso não infringe a interpretação artística, ou estética, entretanto, eu sei que a menos que ela corresponda à música à sua maneira, aos meus olhos não será nem artística nem estética. Esta é MINHA OPINIÃO PESSOAL e sei que é a opinião do público árabe.

Ai ai ai, já sei que abri minha boca enorme agora, mas é porque sinto que você quer aprender, e isso não foi explicado antes.

Nem todo mundo sabe o que eu acabei de contar, nem mesmo alguns grandes nomes, como dançarinas e coreógrafos famosos, e mesmo professoras famosas que não mencionarei os nomes por razões óbvias.

Espero ter ajudado, minha intenção é que você aprenda, e ajudar a tornar você uma DANÇARINA COM MAIS CONHECIMENTO.

Por favor, não deixe minha caneta de sangue quente afetar sua visão no que se refere à profunda mensagem que estou tentando passar. É minha enorme ambição que nossa amada dança e arte, para a qual eu dediquei minha vida inteira, seja aplicada de modo a atingir os outros e fazê-la mais amada e respeitada por todos. Dançarinas egípcias e do oriente médio só irão progredir se aprenderem que isto é uma ciência, e estudarem como tal. Veja o que se faz com Ballet, Jazz, dança Kathak indiana, Flamenco, Dança Baris balinesa e outras danças da Indonésia. Elas são consideradas ciências e estudadas rigorosamente e são altamente respeitadas no mundo inteiro.

Por que nossa dança é considerada BAIXA pelas pessoas que a inventaram? É porque eles não a tratam como uma ciência, de outra forma todos se matariam por CERTIFICADOS que podem pendurar na parede de seus escritórios, que abrem toas as portas. No mundo árabe, bem como em outros lugares, se você não é Doutor aquilo ou Advogado isto, então você é NA-DA. Triste, mas verdade. Fico preocupado por causa disto...

O conhecimento comanda a responsabilidade e o controle... e o conhecimento está aqui para você, em uma bandeja de prata

Boa Dança, com Muito Ritmo,
Hossam Ramzy."

Fonte: http://www.hossamramzy.com/portuguese/dance/dance_been1.htm


sexta-feira, 19 de junho de 2009

Aida Nur

Meninas, olhem essa fofa, é um ícone da DV no Egito. Uma pessoa que devemos estudar, estudar, estudar...
Olha a descontração dela, parece que nasceu dançando.
Para ver o vídeo, clique aqui

Conto Árabe

Um menino queria testar um velho sábio, e falou para um amigo: "vou provar para todo mundo que ele não é sabio".

Pegou um passarinho nas mãos, e falou para um amigo: "Vou pôr o passarinho atrás e perguntar para ele se o passarinho está vivo ou se está morto: se ele falar que está morto eu mostro o passarinho vivo; se ele falar que está vivo, eu esmago o passarinho, e ele vai errar de qualquer jeito."

Chegou perto do sábio e perguntou:

"Sr. Sábio, o passarinho que eu tenho aqui atrás está morto ou está vivo ?"

E o sábio respondeu:

"A resposta.... está em suas mãos!"

Fonte: www.khanelkhalili.com.br

Mãos e Braços (Impecável!)

Filhas: depois de ver esse vídeo, meus braços e mãos paracem mortos, rs.
Assistam e comentem.
Bjs. Assistam o vídeo clicando aqui

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Olá, filhas!

Criei esse blog para que vcs possam acompanhar com mais facilidade as coisas que falo em sala de aula.
Vamos começar com um video de Tribal, que foi o assunto mais recente.
O primeiro contato que tive com a Tribal foi por intermédio desse vídeo. Como já sabem, achei medonho, nem tinha idéia do que se tratava, não sabia que era uma vertente da DV. Fiquei muito tempo sem ver novamente, até que, pesquisando matérias a respeito da DV na net, comecei a ter mais contato com essa "coisa". Rapidamente me rendi. Me apaixonei.
Ainda continuo achando muuuito estranho, mas, como vcs sabem adoro coisas "esquisitas", rs.
Essa é Rachel Brice, pelo pouco que sei, a principal percussora da Tribal Fusion.
Quero que prestem atenção nas roupas, nos cabelos, adereços, o pouco brilho, tão diferente da DV Clássica. As músicas, que podem ser eletrônicas, nacionais, americanas, pode-se quase tudo na Tribal. Liberdade.
Olhem esse trabalho abdominal, que falta de educação dessa moça, rs.
Percebam a força necessária para realizar os movimentos, os braços altos, as mãos muito diferente das nossas, os cambres. E os cabelos então? E as marcações perfeitas?
Procurem olhar sem preconceito, diferente de mim, quando vi.
Beijos.

Vocês podem ver o video clicando aqui.